A língua que Gil Vicente utiliza na sua obra está para além do patamar entre português médio e português clássico, mantendo traços dum passado linguístico ainda na memória do seu público. Gil Vicente escolhe cautelosamente formas linguísticas novas e arcaicas, standard e não standard para criar uma esfera social que reflete a sociedade da sua época. Ao longo do século passado, vários autores como Leite de Vasconcelos, Celso Cunha e Paul Teyssier estudaram a obra vicentina em relação aos seus aspetos lexicais e fonéticos, criando uma base de dados útil para estudar, portanto, a língua portuguesa entre o fim do século XVI e a primeira metade do século XVII. Contudo, a obra vicentina tem ainda muito para dizer-nos: ainda é possível estudá-la no contexto do aspeto interacional entre as suas personagens como reflexo do discurso interacional da sociedade daquela época; quer isto dizer que é possível acrescentar, às considerações já produzidas acerca desta obra no que diz respeito ao binómio uso/camada social, eventuais reflexões acerca dos recursos interacionais usados por Gil Vicente nas suas obras. Será, portanto, proposta uma breve reflexão sobre alguns trechos vicentinos à luz de teorias do discurso e da conversação mais actuais.
Traços de oralidade em gil vicente
	
	
	
		
		
		
		
		
	
	
	
	
	
	
	
	
		
		
		
		
		
			
			
			
		
		
		
		
			
			
				
				
					
					
					
					
						
							
						
						
					
				
				
				
				
				
				
				
				
				
				
				
			
			
		
		
		
		
	
Francesco Morleo
			2017-01-01
Abstract
A língua que Gil Vicente utiliza na sua obra está para além do patamar entre português médio e português clássico, mantendo traços dum passado linguístico ainda na memória do seu público. Gil Vicente escolhe cautelosamente formas linguísticas novas e arcaicas, standard e não standard para criar uma esfera social que reflete a sociedade da sua época. Ao longo do século passado, vários autores como Leite de Vasconcelos, Celso Cunha e Paul Teyssier estudaram a obra vicentina em relação aos seus aspetos lexicais e fonéticos, criando uma base de dados útil para estudar, portanto, a língua portuguesa entre o fim do século XVI e a primeira metade do século XVII. Contudo, a obra vicentina tem ainda muito para dizer-nos: ainda é possível estudá-la no contexto do aspeto interacional entre as suas personagens como reflexo do discurso interacional da sociedade daquela época; quer isto dizer que é possível acrescentar, às considerações já produzidas acerca desta obra no que diz respeito ao binómio uso/camada social, eventuais reflexões acerca dos recursos interacionais usados por Gil Vicente nas suas obras. Será, portanto, proposta uma breve reflexão sobre alguns trechos vicentinos à luz de teorias do discurso e da conversação mais actuais.| File | Dimensione | Formato | |
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